Equipe médica EI: tudo foi pensado

Todo piloto está acostumado a superar desafios inesperados pelos caminhos vida off road afora. E como bons representantes do DNA do Enduro da Independência, os médicos que fazem parte da equipe da prova terão um obstáculo a mais para ultrapassar em 2020.
Conduzidos pelo doutor Marcelo Rodrigues Pereira, um time de oito profissionais de saúde percorrerá as trilhas da edição 2020 do EI, dando a costumeira assistência a quem necessitar. Este ano, a equipe também será a responsável por repassar as precauções e orientar os pilotos e suas equipes na prevenção à covid-19.

Novo normal

Como define o doutor Marcelo, o EI será realizado em um contexto que os pilotos terão que se acostumar. “A orientação da prova é evitar aglomerações, usar máscara e álcool gel. Nada diferente do dia a dia que já estamos acostumados dentro deste ‘novo normal’ que nos foi imposto devido à pandemia.”
No cuidado com o outro, tudo foi pensado. “A orientação é preservar também a segurança dos cidadãos na região em que vamos passar. Evitar contatos que antes os pilotos tinham muito para fotos e autógrafos, por exemplo. Retiramos os shows e premiações. Os briefings serão realizados on-line. Tudo para evitar aglomerações”, destaca Marcelo.

Estrutura

Para a competição em si, a estrutura médica de apoio já está preparada. “Este ano contaremos com quatro equipes médicas, de dois membros cada, rodando na prova. Uma ambulância UTI em local mais estratégico todos os dias. Também um médico rodando paralelamente a prova em um veículo 4×4, preparado para resgate avançado. Teremos o apoio do Corpo de Bombeiros e do Samu também”, enumera Pereira.
A coordenação do EI conta ainda com toda a retaguarda dos municípios envolvidos.
Como a segurança de cada piloto também depende de cada um deles, doutor Marcelo aconselha os competidores a seguirem sempre as orientações repassadas. “Nada que eles já não saibam, quem participa de uma competição desta magnitude sabe os riscos que está correndo. Se o piloto seguir as orientações dos briefings e não fizer nenhuma imprudência reduz mais ainda os riscos.”

Prevenção

Em busca de minimizar ao máximo os riscos e tornar a diversão de todos melhor, o percurso também é pensado nesse sentido. “Instituímos neutros técnicos em pontos perigosos (cruzamentos, pontes, travessia de estradas) e também depois de cada trilha longa. Assim, quem está atrasado entra na prova de novo, sem grande dificuldade, aumentando a competitividade da prova e segurança”, explica Marcelo.
Indo para seu 15º dos 38 anos do EI, Pereira é um dos responsáveis pela diminuição das ocorrências leves ao longo do tempo. “Em 2005, entrei na equipe médica do EI. Atendemos 35 pilotos. Observei que os acidentes ocorriam mais nas estradas do que nas trilhas. Os pilotos atrasavam e tentavam recuperar o tempo perdido, daí corriam demais e se acidentavam mais. Sabendo disto, juntamente com a direção do EI, optamos por reduzir as médias nas estradas e colocar mais neutros pequenos para que o piloto voltasse para a competição sem necessidade de se arriscar. Reduzimos os acidentes e aumentamos a segurança”, comemora.

Texto: Misto Quente Comunicação
Fotos: Facebook Enduro da Independência

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