
Exatamente às 7h31 minutos do próximo dia 4 de setembro, o Pastor Charles Oliveira Marçal dará a largada, com o coração repleto de entusiasmo, para a disputa do seu segundo – e consecutivo – Enduro da Independência.
Conversamos com este piloto de Juiz de Fora. Entre as surpresas e obstáculos que uma prova com centenas de quilômetros proporciona, ele não tem dúvidas sobre a importância de viver esta experiência. Se no ano passado ele classifica como “inesquecível” e “fantástico”, desta vez até o local da largada, a icônica Aparecida do Norte, em São Paulo, serve com combustível extra.
Acompanhe, a seguir, os principais trechos do depoimento do Pastor Charles à nossa reportagem.
“Sempre tive um sonho. Achava que jamais seria possível”
“Participei apenas o ano passado do Enduro da Independência. Essa será a minha segunda participação. E o ano passado foi inesquecível, foi fantástico. Eu sempre tive um sonho de participar do Enduro da Independência. Mas achava que jamais seria possível. Até que um amigo, o ano passado, me convidou para participar com ele. E ele teve que fazer uma cirurgia, não foi participar e eu acabei indo. Fui com dois amigos, o Heitor Penafiel e o Saulinho Bolandini, que também já correram algumas edições. E foi inesquecível! Uma experiência muito boa. A gente fica ansioso para chegar. E depois que passa, parece que não acaba, aquilo fica durante um bom tempo ainda. E a gente já fica sonhando com a próxima edição”.
“Uma cidade que nos chama à reflexão”
A largada em Aparecida do Norte, mais uma característica do Enduro da Independência, que oportuniza os seus participantes, admiradores, amantes do esporte a conhecer várias cidades, não só na largada, como também nas passagens, na chegada. E Aparecida do Norte, sem dúvida nenhuma, uma cidade tão importante, tão expressiva no nosso país, principalmente para aqueles da fé católica, é uma cidade religiosa, que nos chama a reflexão, nos chama também a lembrar que existe um Deus que criou os céus e a terra e que nós precisamos pedir proteção a ele. O Enduro da Independência são quase mil quilômetros, nós precisamos da bênção de Deus também. Fazer esse nosso esporte, esse nosso lazer e eu tenho certeza que vai ser um Enduro muito abençoado como tem sido em todas essas edições”.
O tripé da regularidade precisa de harmonia

O enduro de regularidade tem uma peculiaridade. É um tripé: o piloto, a moto e o equipamento. Então os três têm que funcionar bem e em harmonia. A moto não pode estragar, o equipamento não pode parar e o piloto não pode cansar. Então, se os três funcionarem bem, o resultado vai ser bom”.
“Certeza em dias de muita alegria”
“A expectativa para este ano é a melhor possível. Claro que na minha categoria, Over 50, temos o Sandro Hoffman, que é um campeão nato, o Fabinho também, que está brigando com o Sandro, revezando primeiro e segundo lugar. Mas no Enduro da Independência, tudo pode acontecer. E a gente está ali também para divertir, e somos todos amigos. Tenho certeza que serão cinco dias de muita alegria, se Deus quiser.”
Os “papões” da categoria Over 50
“A minha categoria atualmente é a Over 50, ano passado eu fui na categoria de dupla (com o Heitor) e foi fantástico, muito bom! O Independência tem uma característica diferente das outras provas, porque são mais etapas. Se você perder em uma etapa, não ficar numa colocação muito boa, você ainda tem a esperança de que na próxima etapa você possa acertar e voltar para competição. Se o piloto não desistir e tiver persistência, pode conseguir um bom resultado.
Corrida de recuperação que “entrou para a história”

“No ano passado tivemos um episódio interessante: na primeira etapa, a gente chegou pensando que ia chegar ali entre os oito, nove primeiros e me surpreendi, na primeira etapa nós tiramos um P1. Na segunda etapa um pneu traseiro furou. Tive que abandonar a prova, voltar para o ponto de apoio e quando lá cheguei o pneu dianteiro também tinha furado. Troquei os dois pneus, as duas câmaras, esperei o tempo para poder fazer o neutral, que era naquele lugar, e larguei novamente. Terminei a prova perdendo apenas uma hora de prova. Enfim, conseguimos chegar em nono lugar. Mas no segundo dia nós fizemos uma corrida de recuperação, no final ainda furou outro pneu ali em Resende Costa, mas aí fizemos uma câmara mais resistente, e conseguimos o quarto lugar. No final, no geral, nós ficamos em segundo lugar, foi uma surpresa para mim, porque sem ter a experiência do Enduro, sem fazer a mínima ideia de como era o Enduro da Independência, nós conseguimos essa colocação. Para mim, entrou para a história.
Texto: assessoria de imprensa do 43º Enduro da Independência
Fotos: Divulgação e Arquivo Pessoal
Coordenação: Lúcio Pinto Ribeiro